O que tornam essas 10 distribuições Linux tão populares?
Uma das coisas mais confusas para um iniciante em Linux é entender quantas distribuições, ou versões, existem para este sistema operacional. O Ubuntu é um dos que tem estado mais em evidência, mas há centenas de outras, cada uma com alguma variação do tema básico do Linux.
Saiba então o que cada uma das dez maiores distribuições Linux oferecem.
1::Ubuntu
Sim, nos últimos tempos o Ubuntu tornou-se o garoto propaganda do Linux. E não surpreende: é a distro mais popular até agora, atraindo mais de 2.200 acessos por dia no site Distrowatch. O segundo lugar, Fedora, tem 1.400.
O Ubuntu é praticamente um estreante na cena Linux. Foi anunciado em 2004 mas, apesar de sua pouca história, está mais que pronto. Fundada pelo milionário sul-africano Mark Suttleworth, a Canonical – a empresa por trás do Ubuntu – distribuiu por vários anos CDs do Ubuntu, sem custo, o que colaborou para acelerar sua penetração de mercado.
O Ubuntu tem como base o Debian (ver abaixo) e inclui aplicativos bastante conhecidos, como Firefox e OpenOffice.org. Seu cronograma de atualização é previsível – há uma nova versão a cada seis meses –, com eventuais versões de Suporte de Longo Prazo (LTS, na sigla em inglês) que recebem atualizações de segurança de três a cinco anos.
O Ubuntu também é notável por sua facilidade de uso e pela inclusão de um assistente de migração para usuários do Windows e o suporte para as tecnologias mais recentes. A versão 10.10 do Ubuntu – também conhecida como Maverick Meerkat – incluirá a compatibilidade para telas muiltitoque e comandos de gestos. A revisão final dessa versão está prometida para outubro de 2010.
Vale lembrar que o Ubuntu está disponível em vários remixes e subdistros com foco em nichos específicos, como Kubuntu, Xubuntu e Lubuntu. A maioria difere basicamente em relação à oferta de um ambiente de desktop alternativo ao Gnome utilizado pelo Ubuntu.
2::Fedora
O Fedora é a versão gratuita da Red Hat, cujo RHEL (Red Hat Enterprise Linux) tem sido um sucesso comercial desde 2003. Graças a essa forte conexão, o Fedora é particularmente forte em recursos corporativos, e com frequência os recebe antes mesmo que seu irmão RHEL.
O Fedora também oferece um calendário de atualização semestral, e seus recursos de segurança são excelentes. Alguns o veem como uma distro moderna para hobistas do Linux, mas penso que ela é uma boa escolha para usuários novatos graças às melhorias recebidas nos últimos anos e sua crescente popularidade.
3::Linux Mint
Terceiro lugar em popularidade no Distrowatch, o Linux Mint é uma distro baseada no Ubuntu que foi lançada em 2006. O sistema operacional acrescenta seu próprio tema de desktop ao do Ubuntu e um conjunto diferente de aplicações.
Igualmente exclusivo é a diversidade de ferramentas gráficas voltadas ao aprimoramento da usabilidade, tais como mintDesktop (para configuração do ambiente desktop), mintInstall (para instalação mais fácil de software) e mintMenu (para navegação mais fácil).
O Mint tem uma boa e merecida reputação por facilidade de uso, o que o torna uma escolha adequada para iniciantes. Ele também inclui alguns codecs multimídia proprietários que estão frequentemente ausentes das distribuições maiores, o que por usa vez colabora para melhorar sua compatibilidade com hardware.
O Mint não tem um cronograma fixo de atualização, mas geralmente as novas versões surgem logo depois de cada versão estável do Ubuntu.
4::openSUSE
Com cerca de 1.200 acessos por dia no Distrowatch, o openSUSE ocupa o quarto lugar em popularidade no site e também é a fundação dos produtos SUSE Linux Enterprise Desktop e SUSE Linux Enterprise Server.
O utilitário de administração do pacote, YaST, é largamente reconhecido como um dos melhores, e sua edição em caixinha vem com uma das documentações impressas mais bem elaboradas já feitas por uma distro. Eu diria que o openSUSE poderia ser classificado como “médio” em nível de dificuldade.
5::PCLinuxOS
Em vez de usar o GNOME, o PCLinuxOS usa o ambiente de desktop KDE e é essencialmente uma versão peso-pena do Mandriva (ver abaixo).
Com bom suporte para drivers gráficos, plugins de navegador e codecs de mídia, o PCLinuxOS pode ser uma boa escolha para iniciantes. Mas seu ciclo de lançamentos pode ser irregular, e não há uma versão de 64 bits.
6::Debian
Com uma história cujas origens remontam a 1993, o Debian atualmente é conhecido como uma das distros mais bem testadas e livres de bugs disponíveis hoje. Embora sirva como fundação do Ubuntu, muitos o veem como uma distro mais adequada para quem tem experiência com o Linux.
A distro usa todos os componentes de código aberto, o que é uma boa coisa. Mas isso significa que será mais difícil obter compatibilidade com código proprietário como drivers de rede wireless.
O Debian também tem um ciclo de atualização relativamente lento: versões estáveis são publicadas dentro de um período que varia de um a três anos.
7::Mandriva
Conhecido anteriormente como Mandrake, o Mandriva é notável por seus softwares de última geração, uma excelente suíte de administração e uma versão de 64 bits. Ele também foi a primeira distribuição a aderir à onda dos netbooks com suporte automático.
Apesar disso tudo, o Mandriva tem sofrido por causa de decisões controversas tomadas por seu fabricante francês. A empresa se reestruturou recentemente e, como resultado, alguns veem como incerto o futuro de sua versão comunitária.
8::Sabayon/Gentoo
O italiano Sabayon é essencialmente uma versão LiveCD (executável a partir de um CD) do Gentoo, que é conhecido por permitir aos usuários otimizar cada componente de forma individualizada. Ambos são consideradas distribuições avançadas de Linux, mais voltadas a usuários experientes.
9::Arch Linux… Mais Slackware
O Arch é outro pacote voltado inicialmente a usuários experientes interessados em ajustar e otimizar seus sistemas. Embora não esteja atualmente na lista dos dez mais, o Slackware é indicado para gurus do Linux.
10::Puppy Linux… Mais DSL
Último na lista dos dez mais do Distrowatch, o Puppy Linux é uma distro compacta ideal para hardware mais antigo e situações em que os recursos computacionais são mínimos. (O Damn Small Linux é parecido.)
Embora seja compacto, o Puppy traz uma variedade de recursos e inclui diversos assistentes para configuração e instalação de aplicações. O sistema todo é pequeno o suficiente para diretamente da RAM do sistema. Assim, as aplicações carregam rapidamente e respondem instantaneamente aos comandos do usuário.
Katherine Noyes