Muito se fala sobre os aspectos envolvidos na disseminação da ética proposta pela Cultura Hacker e, claro, não é possível abordar o assunto sem conversar sobre o uso e desenvolvimento de Hardwares LIVRES.
Desenvolver com hardwares abertos envolve uma boa dose de conhecimentos de programação e eletrônica para tornar a cultura do hardware livre tão acessível quanto o software livre. As aplicações são infinitas e vão desde a robótica, passando pela IoT, criação de brinquedos, automatização para cuidados com plantações agrícolas, inteligência artificial, protótipos para medir a qualidade do ar e da água, monitoramento da pulsação do coração, fluxo sanguíneo ou ondas cerebrais, controle de equipamentos, instrumentos musicais, controladores MIDI, entre muitos outros. Hardwares livres podem ser acoplados em projetos de utilidades variadas: médica, cultural, industrial e tudo mais que você puder imaginar.
O Arduino é das opções mais utilizadas por desenvolvedores que desejam realizar projetos com hardware livre pelo fato de ter diversas ferramentas livres já disponíveis na internet. Uma outra característica importante é que ele oferece pouco risco no seu uso, o que garante sua utilização até por crianças e seu custo é baixo. Utilizando apenas conhecimentos básicos de eletrônica, é possível desenvolver projetos de automação caseira, monitoramento à distância, entre outras ideias.
O primeiro projeto de Arduíno foi criado na Itália em 2005 e possuía cunho unicamente educacional e interagia com aplicações escolares. Atualmente, a plataforma está em constante evolução e já é utilizada em diversos ramos e áreas de conhecimento.
A plataforma contém diversos terminais que permitem a conexão com outros dispositivos externos, como motores, relés, sensores luminosos, diodos a laser, alto-falantes, microfones e outros. Para a programação, o Arduino pode ter funcionalidades desenvolvidas por meio da linguagem C/C++, que utiliza uma interface gráfica escrita em Java. A plataforma não possui recursos de rede, mas pode ser combinada com outras placas Arduinos criando extensões chamadas de shields.
Conheça abaixo algumas das Oficinas de Hardware Aberto e LIVRE, especialmente selecionadas para desenvolvedores interessados em aprender mais sobre esse tema:
Mais Eletrônica no Arduíno – Rafael Schneider da Silva
Programação Arduino com JavaScript – Desiree dos Santos
Lógica de Programação para crianças utilizando Arduíno – Marcela Santos
Arduino de comer ou passar no cabelo?? – Guilherme Robert Silveira Santos
Protótipo de um Robô educacional baseado na plataforma Arduino – Thiago Redighieri, Mauricio Binda Da Costa, Everton Messias Santos Sena
We need to go deeper! Utilizando o Arduino no seu potencial máximo – Pedro Henrique Kopper
Programando Arduino com S4A: Scratch for Arduino – Marco Antônio Sandini Trentin, Leonardo Costella
Programando a Arduino com ArduBlock – Douglas Sulis da Costa
Oficina de Arduino – Oliver Barth Heinemann
Programação descomplicada: Arduino e Scratch em Robótica Educacional – Thiago Redighieri
Open Source Hardware: uso corporativo – Leonardo Oliveira
Arduino: Press Compile to Play – João Paulo Polles
A cada ano o Fórum Internacional Software Livre vem se firmando como um local de discussão e exposição do que há de mais novo em tecnologias livres. Não é por acaso que o Marco Civil da Internet, uma das legislações mais avançadas do mundo, surgiu dentro de uma das diversas salas do evento. Ela foi resultado da articulação de especialistas, usuários e militantes, algo que faz parte da dinâmica do evento de forma orgânica.
Desde a nossa primeira edição temos como principais valores a manutenção da transparência na tecnologia, seja nos códigos, nos padrões abertos e na luta pela internet livre e neutra.
Em 2016 Porto Alegre será novamente o palco do maior encontro de comunidades de Software Livre do mundo. Juntos, iremos compartilhar conhecimentos e inovações, mas também inquietações em busca do nosso objetivo comum: construir uma humanidade mais justa, colaborativa e com conhecimento livre.
Vens de longe e precisa encontrar um bom lugar para ficar durante o FISL?
Hospedagem oficial, hospedagem de baixo custo ou hospedagem solidária?
Foi pensando nisso que criamos o Guia de Hospedagem com os locais que oferecem as melhores diárias para economizar e curtir o Fórum Internacional Software Livre (FISL) sem maiores preocupações.
Acesse o GUIA DE HOSPEDAGEM FISL aqui: http://softwarelivre.org/fisl17/o-evento/hospedagem
Difundir a cultura hacker e o conhecimento livre nas escolas e Universidades é um dos pilares fundamentais para sustentar a cultura do software livre. Pensando nisso o FISL17 trará atividades voltadas para a educação digital de crianças e adolescentes. Confira algumas delas:
Paulo Francisco Slomp é criador e professor da disciplina Software Livre na Educação da Faculdade de Educação da UFRGS e vai nos contar sobre seu trabalho com um Software Educacional Livre para Dispositivos Móveis. O software permite que professores, estudantes, pais e demais internautas acessem uma Tabela Dinâmica para consulta de informações sobre programas que podem ser utilizados para aprendizagem de diversas matérias, como Física, Geografia, Matemática, Química e Idiomas, entre outras. Os usuários ainda podem reordenar os dados conforme a faixa etária dos estudantes, de acordo com o nível de ensino – Educação Infantil, Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Superior.
Luiz Henrique Rauber Rodrigues é empreendedor, professor, palestrante, pesquisador e afins. Professor no Senac Santa Cruz do Sul; Mentor Startupies Weekend; Mestre em Nanociências; Especialista em Gerenciamento de Projetos; Bacharel em Ciência da Computação. No FISL17 ele conduzirá o Painel Software Livre e a Educação.
Um painel é quando pessoas se reúnem para falar de um tema. Assim, receberemos palestrantes e convidados que tenham relação com software livre e educação para responder perguntas, discutir ideias e projetos, contar histórias e dar risadas, enquanto a cuia de mate roda entre os presentes. O principal objetivo é repassar informações e conhecimento úteis sobre a temática do uso de software livre e a educação.
Antonio Marques é graduado em Filosofia com especialização em Metodologia da Ciência e Formulação e Gestão de Políticas Públicas, com Mestrado pela UFPR, vem questionar o avanço do uso de software livre nas escolas. Sua palestra Educação e Software Livre: O passo em Descompasso vai investigar as razões pelas quais as transformações na educação deixam de acontecer apesar da vigência de projetos como o GNU durante 30 anos e GNU/Linux por 20 anos. Marques vai expor para o público quais foram nossos acertos e erros na caminhada da educação e o software livre nos últimos 15 anos.
Jon “Maddog” Hall – An Education With Free Culture – O “pai” do Linux fala sobre “Uma Educação com Cultura Livre” e explica quais as razões para utilizar hardware, software e culturas livres e open source no ensino de jovens em todas as áreas. “Maddog” é o Diretor Executivo da Linux International, associação sem fins lucrativos de grande relevância internacional na área de TI. Trabalha com tecnologia desde 1969 e é um dos nomes mais reconhecidos e respeitados na comunidade software livre. No UK Linux and Open Source Awards 2006 ele recebeu um Prêmio de Reconhecimento para Toda a Vida por seus serviços à comunidade de Código Fonte Aberto. Ele é conhecido por ser um orador excepcional, que contagia seus ouvintes através do seu carisma pessoal.
Por uma Educação muito mais LIVRE! Vem pro #FISL17!
A cada ano que passa o Fórum Internacional Software Livre vem se firmando como um local de discussão e exposição do que há de mais novo em tecnologias livres. Não é por acaso que o Marco Civil da Internet, uma das legislações mais avançadas do mundo, surgiu dentro de uma das diversas salas do evento. Ela foi resultado da articulação de especialistas, usuários e militantes, algo que faz parte da dinâmica do evento de forma orgânica.
Números
O FISL reuniu de 5.281 participantes, sendo 25% mulheres. Foram 73 caravanas e 406 palestras, totalizando 581 horas de atividades realizadas. Participaram representantes de 20 estados brasileiros, além do Distrito Federal, e de países como Estados Unidos, Uruguai, Argentina, Chile, Cingapura, França, Alemanha, Guatemala, Itália, Letônia e Espanha.
Personalidades
O evento apresentou o que há de mais novo em tecnologias livres. Um dos principais temas debatidos foi a privacidade e a segurança no contexto das redes federadas. Entre as grandes personalidades que prestigiaram o Fórum, destacamos o Ministro Miguel Rossetto, da Secretaria Geral da Presidência da República do Brasil, que destacou a relevância da utilização do software livre, além de lembrar que o Marco Civil da Internet surgiu no FISL e hoje é uma realidade no País; e o prefeito de Porto Alegre José Fortunati, que realizou diversas atividades durante o evento.
Caravanas
A Caravana mais distante veio de Salvador, Bahia e a maior Caravana foi a da UFSM, Santa Maria com 71 participantes.
Site
O site do FISL reuniu 109.378 visitantes únicos, 1.293.241 visualizações de páginas.
Perfil dos Participantes
Pela primeira vez na história do FISL a participação de mulheres no evento chegou a 25% do total de participantes. Isso foi resultado de uma mobilização da comunidade e da definição como eixo central de atuação da ASL.Org. Do ponto de vista de Comunicação, o FISL lançou a campanha “Lugar de mulher é na tecnologia e onde ela quiser” nas redes sociais na semana internacional da mulher, em março, resgatando as mulheres que se destacaram na história da tecnologia.
Construir um evento do tamanho do FISL só se torna possível com a força da comunidade. Durante o ano inteiro a equipe de organização da ASL.Org e assessorias parceiras articulam cada milímetro deste evento de sucesso que se consolida cada vez mais. Por isso, agradecemos a todos funcionários, sócios e colaboradores que servem como bússola para a comunidade durante o processo. Destacamos também a atuação de mais de uma centena de voluntários que se dedicam levando em troca apenas a satisfação em colaborar e construir algo novo.
Agradecemos também a cada um dos 5.281 participantes que fizeram desta edição uma prova de que a união da comunidade coloca o movimento Software Livre na vanguarda de soluções inteligentes para os problemas tecnológicos atuais.
Em especial, dedicamos nosso “muito obrigado” a todas e todos palestrantes. Muitos deles atravessaram continentes para chegar até Porto Alegre e promover conversas e debates que enriqueceram o Fó- rum de maneira única.
Agradecemos também a confiança dos nossos parceiros e patrocinadores, que investem no FISL por acreditarem que é necessário estimular a produção tecnológica nacional e lutar contra a imposição vertical de tecnologias restritivas. Tenham certeza que seus nomes e marcas serão lembrados pela comunidade como referências em credibilidade e qualidade técnica das soluções.
Encerrou no dia 11, o 16º Fórum Internacional Software Livre (FISL), que iniciou dia 8 de julho, no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre.
Considerado o maior encontro de comunidades de software livre da América Latina e um dos maiores do mundo na temática da Tecnologia da Informação, o FISL reuniu de 5.281 participantes, sendo 25% mulheres. Foram 73 caravanas e 406 palestras, totalizando 581 horas de atividades realizadas. Participaram representantes de 20 estados brasileiros, além do Distrito Federal, e de países como Estados Unidos, Uruguai, Argentina, Chile, Cingapura, França, Alemanha, Guatemala, Itália, Letônia e Espanha.
O evento apresentou o que há de mais novo em tecnologias livres. Entre os temas debatidos, a privacidade e a segurança no contexto das redes federadas e o Marco Civil da Internet ganharam destaque. “Apesar de muitas dificuldades que tivemos em função do atual cenário econômico, esta foi uma das melhores edições do FISL que já tivemos pela qualidade das palestras, oficinas e público participante”, sintetiza o coordenador geral da Associação Software Livre.Org, Sady Jacques.
No encerramento, foi lançada a plataforma antivigilância. O objetivo é fomentar uma rede de troca de informações não apenas sobre o Brasil, mas também sobre a América Latina. As informações podem ser conferidas no site antivigilanca.org.
Ministro
O Ministro Miguel Rossetto, da Secretaria Geral da Presidência da República do Brasil, esteve no evento e destacou a relevância da utilização do software livre. “Este é um espaço de compartilhamento, produção de conhecimento e cultura e participação social já consolidado. Queremos construir um mundo compartilhado, um território livre, não privado, de troca solidária”, destacou, lembrando que o Marco Civil da Internet surgiu no FISL e hoje é uma realidade no País:
Sady Jacques destacou a importância do Governo continuar atento ao desenvolvimento econômico e a soberania nacional intrínseco ao Software Livre. “Queremos encaminhar a realização do Mapa do Software Livre no Brasil, um inventário minucioso de todos os elementos constitutivos do nosso ecossistema”, afirmou, destacando a iniciativa como fundamental para que o governo federal perceba a Cadeia Produtiva Nacional do Software Livre e, a partir dela, estabeleça políticas públicas de incentivo e fomento. “Este pode ser o embrião de um próximo programa de aceleração do crescimento brasileiro”, sintetiza.
Destaques da programação
Estiveram presentes nomes internacionais como o diretor executivo da Linux Internacional, Jon “Maddog” Hall (EUA); o CEO da OW2 (França), Cédric Thomas; o renomado especialista em linguagens de programação Perl, Randal L. Schwartz (EUA); o especialista em energia renovável e ambiente do Instituto de Recursos Energéticos da Universidade Galileo de Guatemala, Luis Rodolfo Gálvez (Guatemala); a diretora executiva da Software Freedom Conservancy, Karen Michele Sandler (EUA), o desenvolvedor de software com foco em segurança e na liberdades dos usuários, Matthew James Garrett (EUA); a ativista Deborah Anne Nicholson (EUA); entre outros nomes da área.
Também integraram a programação o designer 3D, Cícero Moraes, que compartilhou sua experiência em reconstituição facial forense digital utilizando software livre; o oficial de Cavalaria do Exército Brasileiro e gerente de Rede e Segurança do Gabinete do Comandante do Exército, João Eriberto Mota filho; e a vice-presidente da The Document Fundation – entidade mantenedora do LibreOffice, Elaine Domingos de Souza, entre outros.
O tráfego de informações no FISL16:
– Pico de download alcançado: 227 Mbps (Mega bits por segundo)
– Total de dados trafegados com a Internet: 1,02 Tera bytes sendo 20% em IPv6
– Número de urls diferentes requisitadas: 164000 URLs
– Número de salas com streaming: 7
– Número de visualizações de palestras online pela TV Software Livre: 66962 hits
– Número de hits da rádio Software Livre: 30926 hits
– Número de horas de palestras gravadas e transmitidas: 210h
– Quantidade de dados de streaming gravados: 18GB (Giga bytes)
– Quantidade de dados de streaming transmitidos para a Internet: 425GB (Giga bytes)
– Número máximos de dispositivos conectados simultaneamente à rede Wireless: 1450 dispositivos
– Número de dispositivos diferentes que conectaram à rede: 3940 dispositivos
A Associação Software Livre.Org (ASL.Org), em nome de toda a equipe, agradece à todos que contribuíram para a realização desta edição. Mais uma vez, graças ao trabalho nossa comunidade software livre, superamos todas as expectativas e realizamos juntos uma das melhores edições que já tivemos o prazer de organizar. Que venha o #FISL17!
Associação Software Livre.Org (ASL.Org)
Baseada nos ideais de liberdade, cidadania e democracia, a Associação Software Livre.Org (ASL) é uma associação civil sem fins lucrativos, com sede em Porto Alegre/RS. Sua missão é promover o uso, a difusão e o desenvolvimento do software livre, abrindo espaço para discussão e fomento de iniciativas dentro das diversas áreas relacionadas. Fundada no dia 11 de setembro de 2003, surgiu motivada pela convicção de seus criadores de que a luta pela autonomia tecnológica do Brasil passa fundamentalmente pelo Software Livre. Como maneira de contribuir para o crescimento e fortalecimento da sociedade, a ASL.Org desenvolve programas de educação profissional, qualificação e requalificação, buscando atender as carências da população. Organizadora do Fórum Internacional do Software Livre (FISL), a entidade promove o conhecimento compartilhado como forma de apoio ao desenvolvimento humano por meio da experimentação de modelos alternativos socioeducativos.