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Evite os Compromissos Ruins

Posted by dausacker on Jan 19, 2016 in Informática, Software Livre

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Tradução livre do texto de Richard Stalmann, “Avoiding Ruinous Compromises”, publicado recentemente na página gnu.org.

O movimento software livre busca a mudança social: fazer com que todo software seja livre para que  todos os usuários de software sejam livres e possam formar uma comunidade de cooperação. Cada programa que não é livre dá o seu desenvolvedor poder injusto sobre os usuários. Nosso objetivo é por fim a esta injustiça.

O caminho para a liberdade é uma longa estrada. Custaria muitos e muitos anos para chegar a um mundo onde é normal para usuários de software ter liberdade. Alguns destes passos são difíceis e exigem sacrifício. Alguns passos são mais fáceis se fizermos compromissos com as pessoas que têm objetivos diferentes.

Assim, a Free Software Foundation realiza compromissos, incluindo os importantes. Por exemplo: estamos engajados nas disposições de patentes da terceira versão da Licença Pública Geral GNU, de modo que as grandes empresas contribuam e distribuiam software licenciado sob a GPLv3 e, assim, trazer algumas patentes sob o efeito destas disposições.

O objetivo da GPL é um compromisso: nós a usamos em certas bibliotecas livres escolhidas para permitir a sua utilização em programas que não são livres; porque pensamos que proibi-lo legalmente só levaria os programadores a usar bibliotecas privadas. Nós aceitamos adicionar código em programas GNU para fazê-los trabalhar em conjunto com programas não-livres comuns. E documentamos e tornamos isso público, de modo a incentivar que os usuários deste último instalem o primeiro, mas não vice-versa. Defendemos certas campanhas com as quais concordamos, mesmo quando não estamos em absoluto de todo com os grupos por trás delas.

Mas nós rejeitamos certos compromissos, mesmo quando grande parte da nossa comunidade está ansiosa para fazê-lo. Por exemplo, recomendamos apenas as distribuições GNU/Linux que têm políticas de não incluir software proprietário e que não orientem seus usuários a instalá-los. Aconselhar distribuições não-livres seria um compromisso ruinoso.

Compromissos são ruinosos se eles podem trabalhar contra nossos objetivos a longo prazo. Isso pode acontecer de um modo conceitual ou na prática.

No mundo das idéias, compromissos ruinosos são aqueles que reforçam as premissas que procuramos mudar. Nosso objetivo é um mundo em que os usuários do software são livres, mas até agora a maioria dos usuários de computador nem sequer reconhecem a liberdade como uma questão importante. Eles levam os valores de consumidor, o que significa que julgar qualquer programa apenas de acordo com os efeitos práticos, tais como preço e conveniência.

Um famoso livro de auto-ajuda de Dale Carnegie “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas” informa que a maneira mais eficaz para persuadir alguém a fazer algo é apresentar argumentos que são atraentes em função da seus valores. Existem métodos que podem atrair os valores de consumo típicos da nossa sociedade. Por exemplo, o Software Livre obtido gratuitamente pode economizar o dinheiro do usuário, também muitos programas livres são adequados e confiáveis. Citar esses benefícios práticos tem conseguido persuadir muitos usuários a adotar vários programas livres, alguns dos quais tem bastante sucesso agora.

Se o que você quer é conseguir com que mais pessoas a utilizem software livre, você pode optar por manter o silêncio sobre a questão da liberdade e se orientar exclusivamente para as vantagens práticas que os valores de consumo podem entender. Isto é o que o termo “open source” utiliza em sua retórica.

Essa abordagem pode levar-nos a ir apenas até parte do caminho que conduz à meta da liberdade. As pessoas que usam software livre só porque é conveniente, vão ficar com ele só porque é conveniente. E eles não vão ver nenhuma razão para não usar softwares proprietários que são convenientes para eles, juntamente com o primeiro.

A filosofia do open source pressupõe e apela para valores de consumo, e este os afirma e reforça. Esta é a razão pela qual não apoiamos o “open source”.

Para estabelecer uma comunidade livre plena e duradoura, é preciso fazer mais do que levar as pessoas a utilizar alguns programas livres. Nós precisamos difundir a idéia de julgar o software em função dos valores cidadãos baseando-nos na observação se respeitam a liberdade da comunidade e dos usuários, não só em termos de conveniência. Então não se cairemos na armadilha de um programa proprietário que tem uma característica atraente e conveniente.

Para promover os valores cidadãos, precisamos falar sobre eles e mostrar como eles acabam por ser a base de nossas ações. Devemos rejeitar o compromisso de Dale Carnegie deixando as ações serem  influenciadas apelando para os valores de consumo.

Isso não quer dizer que não podemos citar vantagem prática em tudo, podemos e fazemos. Ele se torna um problema apenas quando as pessoas se concentram na vantagem prática em detrimento da liberdade, ou sugerem que outros o façam. Então, quando citamos as vantagens práticas do software livre, frequentemente reiteramos que elas são razões secundárias e adicionais para o preferirmos.

Não é o suficiente fazer com que nossas palavras estejam de acordo com nossos ideais. Nossas ações também têm que concordar com eles. Portanto, devemos também evitar compromissos que nos façam ou legitimar coisas que queremos descartar.

Por exemplo, a experiência mostra que você pode atrair alguns usuários para GNU/Linux, se alguns programas que não são livres estiverem incluídos. Isto poderia significar um aplicativo não-livre bonito que chama a atenção de alguns usuários, ou uma plataforma que não é livre, como era antigamente o Java ou até mesmo o runtime do Flash,  ou um driver que não é livre que permite o suporte para determinados modelos de hardware.

Estes compromissos são tentadores, mas desprezam a meta. Se você distribuir software que não é livre, ou direcionar as pessoas ao seu redor a fazê-lo, você vai achar difícil dizer “o software não-livre é uma injustiça, um problema social e temos de pará-lo.”. Mesmo que ele realmente diga estas palavras, suas ações desmentiriam.

A questão não é se as pessoas devem ser capazes ou ter permissão para instalar um software que não é livre; um sistema de modo geral permite aos usuários fazerem o que quiserem. A questão é se nós guiamos os usuários para um software que não seja livre. O que eles fazem para si mesmos é de sua própria responsabilidade; o que nós fazemos para eles, e para onde nós os direcionamos, é nossa responsabilidade. Não devemos direcionar os usuários para um software proprietário, como se fosse uma solução, porque o software proprietário é o problema.

Um compromisso ruinoso não é apenas uma má influência sobre os outros. Você também pode alterar os seus próprios valores, através da dissonância cognitiva. Se você acredita em certos valores, mas suas ações implicam em outros valores conflitantes, você ficaria susceptível a mudar de um para o outro para resolver a contradição. Assim, projetos que discutem apenas as vantagens práticas ou direcionam para um software que não é livre, quase sempre parecem tímidos em sugerir até que o software não-livre é antiético. Para seus participantes e para o público, reforçam os valores de consumo. Devemos rejeitar esses compromissos para manter a retidão de nossos valores.

Se você quiser mudar para software livre, sem se comprometer com a meta da liberdade, consulte a área de recursos da FSF. Tem uma lista de configurações de hardware e máquinas que trabalham com software livre, distribuições o GNU/Linux totalmente livre para instalar e milhares de pacotes de software livre que trabalham em um ambiente de 100% software livre. Se você quer ajudar a comunidade a continuar no caminho para a liberdade, uma medida importante é apoiar publicamente os valores cidadãos. Durante as discussões sobre o que é bom ou mau, ou sobre o que fazer, cite os valores da liberdade e da comunidade e argumentar com base neles.

Não faz sentido caminhar rápido se você tomar o caminho errado. Compromisso é essencial para alcançar um grande objetivo, mas devemos estar conscientes dos compromissos que nos levam para longe do que queremos realmente alcançar.

Por Richard Stalmann

Publicado originalmente em: https://www.gnu.org/philosophy/compromise.en.html

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Em defesa do Software Livre

Posted by dausacker on Jan 9, 2016 in Software Livre

GNU_Freedo

Por Daniel Santini

A partir de que medida o software livre pode influenciar e modificar relações econômicas, políticas e sociais? Liberdade de comunicação e direito à informação, combinados com a constituição de plataformas de conhecimento comum e compartilhado, como Wikipedia ou OpenStreetMap, constituem uma ruptura capaz de transformar a maneira como o mundo real está organizado? Quais os alcances e perspectivas para a internet?

Esta e outras questões estão colocadas na página En Defensa del Software Libre, organizada por um grupo baseado na Argentina que produz artigos e publicações sobre software livre e temas correlatos. Os textos, disponíveis somente em espanhol, podem ser uma referência útil para discussão de organização de redes de comunicação livres e licenciamento de conteúdo.

Átomos livres, impressoras e scanners 3D
A partir da perspectiva de mais acesso a impressoras 3D e do desenvolvimento de scanners 3D de fácil uso, o artigo “Os átomos também querem ser livres!” propõe, por exemplo, uma discussão sobre a propriedade intelectual sobre objetos tridimensionais imprimíveis. Vale reproduzir o trecho (tradução livre feita pelo autor):

“Quase tão prontamente como a impressora 3D se tornou um produto amplamente disponível para o público em geral, surgiu o primeiro conflito sobre propriedade intelectual de objetos tridimensionais imprimíveis. Em fevereiro de 2011, Thingiverse, um repositório de arquivos deste tipo de objeto, propriedade dos fabricantes de impressoras 3D Makerbog Industries, recebeu sua primeira reclamação pedindo interrupção e renúncia (cease & desist). O desenhista que a enviou, Ulrich Schwanitz, reclamou a propriedade sobre um objeto que havia sido publicado na Thingiverse. O objeto em questão era um modelo de um “Triângulo de Pnerose”. Trata-se de uma conhecida ilusão de ótica onde os lados do triângulo terminam em lugares incorretos. O objeto não pode existir senão como uma representação bidimensional no papel. Schwanitz havia desenhado um objeto tridimensional que, ao ser observado por um ângulo correto, se assemelhava a um Triângulo de Penrose. Um usuário de Thigiverse fez a engenharia reversa a partir de uma foto. Temendo responsabilidade secundária a partir da Digital Millenium Copyright Act, Makerbot Industries decidiu eliminar o arquivo, ainda que a situação legal fosse bastante incerta. A representação bidimensional do Triângulo de Penrose se encontra em domínio público e não ficou muito claro se Schwanitz reclamou direitos sobre o arquivo do desenho, ou seja, sobre o código de software, sobre os planos de estrutura do objeto, ou sobre a foto da imagem do Triângulo de Penrose. Depois de manifestações públicas, Schwanitz liberou o desenho. Não tardou que esta primeira reclamação fosse seguida por outras, corporativas, mais estridentes e poderosas. É interessante que a primeira cobrança de copyright sobre objetos tridimensionais imprimíveis seja sobre uma forma, que, em termos lógicos, não pode existir no espaço físico senão como uma ilusão de ótica.”

Triângulo de Penrose. Imagem: Ixnay/Wikipedia
Triângulo de Penrose. Imagem: Ixnay/Wikipedia

A perspectiva (ou mesmo concretude) de um mundo em que é possível compartilhar de maneira aberta e livre não apenas livros, músicas e software, mas também plantas físicas, projetos de produção e tecnologia avançada, de modo a facilitar a reestruturação social e o aproveitamento de recursos, é discutida em detalhes no artigo Para além da abundância digital: Blocos para a construção da produção de pares física”. O texto apresenta desafios a serem superados e levanta questões sobre novas formas de organização para produção de bens, apresentando e discutindo possibilidades.

Copyright, copyleft e copyfarleft
A questão da liberdade de software é apresentada como um ponto-chave para a constituição da democracia – questão detalhada no artigo Por que a liberdade política depende da liberdade de software mais que nunca. O contexto de mudanças em curso na internet, com formatos mais centralizados e controlados, e plataformas que regulam e mediam a transmissão de informações (como o Facebook), está detalhado no capítulo “Pegos na teia de mundial” da versão em espanhol do Manifesto Telecomunista de Dmytri Kleiner, traduzida e impressa com o apoio do escritório da Fundação Rosa Luxemburgo no México.

ncEntre os textos, é possível encontrar também um histórico sobre como o sistema de copyright foi instituído – ver o capítulo “O copyright é um sistema de censura e exploração” do mesmo livro. Em oposição às restrições impostas pelo copyright, o grupo defende a adoção da Licença de Produção de Pares, uma versão mais radical das licenças de formato aberto que, além de atribuição e compartilhamento igual, prevê também que qualquer exploração comercial da obra em questão deve ser “não capitalista”, ou seja, “só está permitida a cooperativas, organizações e coletivos sem fins lucrativos, a organizações de trabalhadores autogestionados e onde não existam relações de exploração”.

O modelo é apresentado como copyfarleft, uma brincadeira com os termos copyright (direitos autorais, em inglês) e copyleft, significando algo como cópia de “extrema esquerda”.

A licença de conteúdo do Código Urbano hoje é a Creative Commons 4.0 BY-SA, que prevê atribuição e compartilhamento igual, conforme indicado no rodapé do site.

Conteúdo livre
Clique aqui para acessar a relação completa de artigos e publicações ou nas imagens abaixo para baixar o PDF das obras publicadas até agora.

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Google nos vigia

Posted by dausacker on Jan 2, 2016 in Informática, Privacidade

Google.Vigia

Google monitora praticamente todos os seus passos na internet. O que nem todo mundo sabe é que é possível saber o que a empresa guarda sobre seus usuários e o quanto ela sabe ou deduziu sobre o seu perfil online, com base no seu comportamento.

Google usa as informações que tem sobre o usuário para oferecer anúncios direcionados para o seu perfil. Para isso, ele o encaixa em diferentes categorias de gostos. O usuário pode descobrir em quais categorias se encaixa neste link:

http://www.google.com/settings/ads/

Uma das coisas mais assustadoras que o Google faz é manter um registro detalhado de sua localização. Isso acontece quando o usuário tem um smartphone e permite que a empresa tenha acesso a este tipo de informação para melhorar serviços como o Google Now.

Recentemente, a empresa também passou a transformar o histórico de localização em um recurso dentro do Maps, que destaca viagens que o usuário tenha feito e fotos que tenha tirado em determinado local. Assim, a ferramenta é uma forma de monitorar praticamente todo seu movimento. O usuário pode ver as informações que a empresa tem sobre sua localização no link abaixo:

https://maps.google.com/locationhistory

Na parte inferior, o usuário pode clicar em Pausar histórico de localização se não estiver confortável compartilhando este tipo de dado e também pode apagar todo o seu histórico clicando no ícone da engrenagem no canto inferior direito e selecionando Excluir todo o histórico de localização.

Para desespero de muitos, Google também registra tudo o que o usuário pesquisa com dados detalhados sobre quais sites este mais acessou a partir das buscas realizadas. Não guarda apenas suas buscas, mas basicamente TODA a sua atividade vinculada a uma conta do Google:

https://www.google.com/history/

Também é interessante observar que se o usuário tem o hábito de realizar pesquisas por voz, seja pelo desktop, seja pelo celular, também tem seu histórico de buscas guardado, com direito a uma gravação da sua voz fazendo a pesquisa:

https://history.google.com/history/audio?hl=pt-BR

Para recomendar novos vídeos, o YouTube guarda informações sobre o que o usuário procura e o que de fato assiste no serviço:

https://www.youtube.com/feed/history/search_history

Se tens uma conta Google e quiser ver tudo o que você já assistiu no serviço, acesse:

https://www.youtube.com/feed/history

 

Fonte: Olhar Digital

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Posted by dausacker on Dec 23, 2015 in Informática, Software Livre

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Confraternização dos Professores e Alunos do Projeto Fábrica de Gaiteiros 2015

Posted by dausacker on Dec 21, 2015 in Músicas, Tradicionalismo

Confraternização dos professores e alunos do Projeto Fábrica de Gaiteiros 2015 em 20/12/15 (Barra do Ribeiro/RS):

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Justiça determina bloqueio do WhatsApp em todo o Brasil por 48 horas

Posted by dausacker on Dec 16, 2015 in Informática, Privacidade, Software Livre

WhatsApp

Por Anahuac de Paula Gil

Caro Ativista do Software Livre.

Hora de agir. Hora de mover esses dedos e fazer aquele ativismo com garra que somente os aficionados pela liberdade são capazes de fazer.
A justiça brasileira mandou bloquear o WhatsApp por 48 horas [1] e isso abre uma excelente oportunidade para que divulguemos uma opção Livre e não bloqueada pela justiça.
Estou me referindo ao Actor [2] um IM feito por um grupo de nerds russos e alemães e que vem ganhando cada vez mais funcionalidades.

Faz quase uma ano atrás o WhatsApp foi vítima de um bloqueio similar e todos nós do Software Livre aproveitamos muito bem a oportunidade e promovemos o Telegram. Foram 2 milhões de novas contas no Telegram por causa do nosso empenho. Naquele momento o Telegram era a melhor opção disponível para esse tipo de software, mas ele nuca foi integralmente livre.

Agora temos uma opção 100% Livre. Algo que podemos recomendar sem nenhum receio de estar sendo parcialmente correto. Então essa é a hora certa de agir, compartilhar, dividir e usar todos os meios para informar que existe uma opção livre!

A versão do Actor disponível no aptoide.com não possui as API’s do Google e em breve será integrada com o OpenStreetMap. Mas se quiser você pode encontrar o Actor no Google Play.

Temos um prazo bastante apertado para mobilizar as pessoas. O bloquei começa hoje as 00:00. Então é hora de colocar a preguiça e a vergonha de lado e divulgar o Actor.

Saudações Livres

#maisGNU

1 – http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/12/1719934-justica-determina-bloqueio-do-whatsapp-em-todo-brasil-por-48-horas.shtml?cmpid=twfolha
2 – http://nukastore.store.aptoide.com/app/market/im.actor.cloud.free/1000/14563275/Actor
3 – https://actor.im

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Facebook es horrible

Posted by dausacker on Dec 14, 2015 in Informática, Privacidade, Software Livre

facebook_horrible

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GNU e Freedo

Posted by dausacker on Dec 11, 2015 in Informática, Software Livre

GNU_Freedo

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WhatsApp nem pensar, mas Telegram também não: Actor

Posted by dausacker on Dec 11, 2015 in Informática, Privacidade, Software Livre

Actor

Por Anahuac de Paula Gil

Faz alguns meses deixei de usar o Telegram como sistema de mensagens de texto, o famoso IM – Instant Mesenger. WhatsApp é impossível de usar, seja pelo conhecido sistema de rastreio e vigilância, seja pelo armazenamento de todos os conteúdos que passam por ele, seja porque ele lê toda sua agenda telefônica e dados de outros aplicativos, como os bancários, SMS, compromissos e todo o resto. Mas mais do que tudo, por se tratar de software não livre.

Sim eu criei uma conta no WhatsApp para testá-lo, sob uma condição médica, numa viagem ao exterior meu médico se recusou a usar qualquer outro tipo de comunicação. Nunca mais loguei na conta e troquei de médico. São as escolhas que cada um de nós tem que fazer.

Na falta de opção perfeita fui usuário do Telegram e pressionei muitos dos meus amigos e contatos a adotarem-no por se tratar de uma ferramenta similar, com algumas vantagens técnicas, mas especialmente porque o aplicativo que você instala em seu celular é Software Livre. Pode-se manipulá-lo e dai entender seu funcionamento. É claro que é um avanço imenso se comparado ao 100% privativo, mas ainda assim, ele não é completamente livre, pois o Telegram não libera o código do servidor. Isso significa que você está obrigado a ter suas mensagens trafegando pelos servidores deles, sempre. Confie cegamente, eles dizem.

É interessante mencionar que o Telegram é uma instituição sem fins lucrativos. Eles prometem que em algum momento vão liberar o código, mas até o momento  não o fizeram. Mas porque diabos uma ONG não liberaria o código? Porque a demora?

Sou um militante do Software Livre e não posso me resignar. Então a busca por opções similares 100% livres é uma constante. Eis que um pequeno grupo de ex-funcionários do Telegram decidiram montar sua própria empresa apostando no modelo baseado em Software Livre: chama-se Actor. Nele, tanto o servidor, quanto o aplicativo são livres, absolutamente livres. Você deve estar se coçando, então vai logo lá: https://actor.im

O que ele tem:

  • Vincula os usuários ao número do telefone;
  • Tem clientes Desktop, Web e para mobile;
  • Permite criação de grupos com número ilimitado de participantes;
  • Permite o envio de imagens e vídeos;
  • Sincroniza as conversas entre todos os aplicativos;

E ele não tem:

  • Ele não permite o envio de recados de voz, ainda;
  • Ele não possui encriptação de mensagens;
  • Ele não tem tempo de auto destruição de mensagens;
  • Ele não tem licença GNU. Eles foram basicamente forçados a usar a licença MIT por imposição das lojas do Google e da Apple que não aceitam aplicativos sob licença GNU. Você sabia disso?

O que está por vir:

  • O que não tem;
  • Federalização dos servidores;

Em se tratando de um Software Livre é apenas uma questão de tempo até que os recursos extras sejam adicionados. Qualquer um pode contribuir da forma como lhe for mais conveniente. Eu mesmo decidi ajudar na tradução para pt_BR. Se você se apaixonar por ele poderá ajudar muito, desenvolvendo ou documentando. Mas a maior ajuda para qualquer Software Livre é disseminar seu uso. E aqui, mais uma vez, nos deparamos com a Dicotomia Tostines: não tem ninguém lá por que você não entrou, ou você não entrou por que não tem ninguém lá?

Se você se sente comprometido com o Movimento Software Livre e quer ajudar de uma forma simples e divertida? Use o Actor. Mostre paras seus amigos. Crie grupos gigantescos de contatos. Mobilize geral.

Depois de entrar no Actor entre no grupo público Software Livre. Te esperamos lá.

E se te perguntarem, porque mudar? Responda que mudar é bom. E se for uma mudança em direção à liberdade, é melhor ainda!

Saudações Livres!

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ONG de direitos digitais acusa Google de rastrear estudantes nos EUA

Posted by dausacker on Dec 4, 2015 in Informática, Privacidade

google_justicaA Eletronic Frontier Foundation, ONG americana de direitos digitais, apresentou uma queixa contra a Google na Comissão Federal do Comércio dos EUA e quer uma investigação federal pelo fato de a empresa coletar e minerar dados pessoais de estudantes, e de suas buscas na internet.

Segundo a EFF, as ferramentas educacionais da Google, usadas em escolas americanas para alunos a partir de 7 anos, permitem “rastrear, armazenar em seus servidores e minerar para propósitos não publicitários registros de todos sites visitados na internet, todas as buscas, os resultados ‘clicados’, vídeos procurados e assistidos no YouTube, e as senhas salvas”.

Continue lendo aqui: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=41284&sid=18

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